quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ritalina não é Rita Lee.

Essa semana atendi uma mãe bastante chorosa e beirando uma crise nervosa. O motivo? Já faz 2 anos que ela, por orientação médica, diariamente dá Ritalina para seu filho de 7 anos de idade. E a dose não é baixa não (30mg)!

Nos últimos meses essa preocupada mãe relatou estar achando o filho muito diferente, meio chapado, apático, olhando pro infinito, "congelando" durante atividades simples como se alimentar (o garotinho parou com o garfo no ar e ficou minutos imóvel, olhando para o nada).

Rita Lee não é Ritalina.
Tudo começou quando uma professora achou ruim o menino não prestar atenção nos 45 minutos de aula de matemática dela. Ora... o que poderia ser mais excitante para um menino de 7 anos do que aula de matemática? Bom, a professora experiente (afinal ela já dá essa aula de matemática há 30 anos) concluiu que o problema só poderia estar na criança. A psicopedagoga da escola concordou com a colega tão experiente e antiga na escola e encaminhou o menino para o psiquiatra com a indicação de tratamento para TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, e este prescreveu comprimidos diários de Ritalina para melhorar a concentração do menino.

Como diria Jack O estripador, vamos por partes.

A Ritalina, que tem a química parecida com a anfetamina e com a cocaína, tem como principio ativo o metilfenidato. O efeito dela é aumentar a concentração de um hormônio chamado dopamina (responsável por motivação e prazer) e depois o corpo o transforma em outro hormônio: Adrenalina (com efeito super estimulante no sistema nervoso). Por isso muitos baladeiros tomam Ritalina antes das festas, pra ficarem acordados a noite toda e dançando! Concurseiros também fazem uso da "Rita" para ficarem a noite inteira sem sono e concentrados nos livros.


Bem, mesmo quem não entende nada de bioquímica consegue imaginar que uma droga que tenha efeito direto no sistema nervoso central e que super estimula o corpo não deve ser tão "boa e inocente" assim. Os efeitos colaterais do uso da Ritalina vão desde problemas na pele, perda de apetite, insônia, aumento da pressão, problemas cardíacos e renais, prejuízo no crescimento nas crianças e em alguns casos dependência física e psíquica (conforme a bula da medicação).

Existem inúmeros relatos na internet de estudantes arrependidos de ter usado a Rita num período da vida e que agora tem que fazer tratamentos para se livrar dos efeitos colaterais dela.

Curiosa essa nossa Medicina Ocidental que acha normal tapar o sol com a peneira e troca um problema por um mais grave ainda. Não canso de dizer: "Não existe um único medicamento sequer neste mundo sem efeito colateral". O Brasil é o segundo colocado mundial na prescrição de Ritalina para as crianças!

Agora, falando do TDAH do menino, vale saber o seguinte: os critérios para diagnosticar transtorno de atenção são subjetivos e incoerentes, baseado num questionário da Associação Americana de Psiquiatria. Uma pessoa com problemas de atenção e concentração não consegue manter-se atento a NENHUM assunto, seja ele desagradável ou não e isso vai desde o videogame, do filme no cinema, bate-papo com os amigos até assuntos "chatos" como matemática e direito constitucional. 

Não conseguir manter-se focado num assunto que não traz prazer não constitui um defeito genético, neurológico ou hormonal e não deveria ser tratado com fármacos. Segundo alguns psicólogos a relação é com a frustração e com limites (obedecer regras), causado por pais ausentes ou permissivos demais que não passaram "regras e limites" para os filho, não ensinando na prática a lição que na vida agente não faz somente o que gosta e na hora que quer.

Figura meramente ilustrativa. Palmada agora é crime!
Quando nos tornamos adultos somam-se outros fatores a essa teoria dos psicólogos: nossa pressa em fazer as coisas sem respeitar nosso próprio tempo e o ritmo do nosso corpo, além da nossa imensa preguiça em trabalhar nossos defeitos e evoluir. É mais fácil "terceirizar" essa evolução e tomar um comprimidinho para resolver tudo. Afinal, eles são tão pequenininhos e coloridos que mal não podem fazer.

Bom, optei por tratar esse menino com a medicina vibracional dos Florais de Bach (clique para conhecê-los): para melhorar a concentração: Clematis, para diminuir a influência dos estímulos externos: Wallnut, para diminuir a repetição dos mesmos erros: Chestnut Budy e para melhorar a auto-confiança: Cerato (que anda baixa por não conseguir acompanhar os colegas e por ser chamado publicamente de preguiçoso pela professora).

Conto para vocês os resultados futuramente.